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Diabetes: sintomas, causas e tratamentos


Considerada uma das doenças não transmissíveis comuns mundialmente, a diabetes segue com uma elevada prevalência e incidência crescente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma em cada 11 pessoas no mundo possui diabetes. Segundo as estatísticas da instituição, em 2014 a doença atingia 422 milhões de pessoas, um salto em relação aos 108 milhões em 1980.

Nesta edição de “Conectados com o Professor”, a mestre em Biotecnologia pela Universidade Federal de São João Del Rei e docente do curso de Medicina da Faculdade Atenas-Passos, Thaynara Faria Gomes, conta um pouco sobre os sintomas, causas e tratamentos dessa doença. 

Diabetes é uma doença crônica decorrente da insuficiência de insulina no organismo ou da resistência por parte das células à ação deste hormônio. 

Mas qual seria essa ação? A professora explica que a insulina é responsável por regular a quantidade de glicose no sangue, sendo assim, o nosso corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, como fonte de energia. 

“No entanto, portadores de diabetes não produzem insulina e não conseguem utilizar a glicose adequadamente, e como consequência o nível de glicose no sangue fica alto, desencadeando a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá levar ao desenvolvimento de complicações muitas vezes debilitantes, tais como doenças cardiovasculares, comprometimento visual (retinopatia diabética), perda ou diminuição da função renal”, informa Thaynara Gomes.

Conforme explica a docente, existem três principais tipos de diabetes: diabetes mellitus tipo I, diabetes mellitus tipo II e diabetes mellitus gestacional. O tipo I é caracterizado pela destruição autoimune de células β do pâncreas e como consequência ocorre uma progressiva incapacidade de produção do hormônio da insulina. 

Já no tipo II, há a deficiência na ação do hormônio insulina, caracterizando um quadro de resistência insulínica, o qual acarreta diminuição da captação de glicose nos tecidos insulino-dependentes. É mais prevalente que o tipo I, acometendo cerca de 95% da população diabética total.

Por fim, o diabetes mellitus gestacional corresponde à alteração no metabolismo de carboidratos diagnosticada primariamente durante a gestação, mesmo sem ter previsão diagnóstica do diabetes mellitus. Essa patologia se encontra associada a fatores de risco intrínsecos à gestante e ao feto, tais como: obesidade, idade, crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez.

Os principais sintomas do diabetes são urinar com frequência, falta de energia, perda de peso e sede excessiva. "Pessoas que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes devem fazer consultas médicas periódicas e exames com frequência", afirma Thaynara.

A professora recomenda que você deve ficar atento se:   
- Tem diagnóstico de pré-diabetes, com diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
- Tem pressão alta;
- Tem colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
- Está acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
- Tem familiares portadores de diabetes;
- Tem alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica;
- Teve bebê com peso superior a quatro quilos ou teve diabetes gestacional;
- Tem síndrome de ovários policísticos.

"A fim de prevenir o desenvolvimento do diabetes, o paciente deve priorizar em sua rotina diária a prática de exercícios físicos, a diminuição do estresse e, sobretudo, aderir a uma alimentação saudável e balanceada para evitar o ganho de peso excessivo, importante fator de risco da doença", ressalta. 

As medidas terapêuticas aplicadas ao diabetes objetivam controlar o nível de glicose no sangue (glicemia), evitando o desenvolvimento de complicações associadas à doença. Para tanto, o paciente é submetido a estratégias farmacológicas (insulinoterapia, medicamentos antidiabéticos) e não farmacológicas, tais como o controle metabólico através da mudança dos hábitos de vida.  A professora Thaynara finaliza ressaltando  que "a eficácia do tratamento depende do comprometimento do paciente, sobretudo no que diz respeito ao monitoramento do nível glicêmico e interpretação do mesmo".

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