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Conectados com o Professor - Manifestações Orais da Covid-19


Conectados com o Professor

Manifestações Orais da Covid-19

    O SARS-CoV-2 é o agente etiológico para a COVID-19 e a Organização Mundial da Saúde classifica este vírus como um patógeno aerotransportado, transmitido por indivíduos assintomáticos, pré-assintomáticos e sintomáticos através do contato próximo e por exposição a gotículas infectadas e aerossóis.

    O professor Dr. Leonardo Reis, docente do curso de Odontologia da Faculdade Atenas Passos, destaca que embora a grande maioria dos estudos se concentre na associação entre o eixo nasal e pulmonar, devemos compreender melhor as manifestações orais desta infecção, uma vez que a transmissão pode ocorrer por atividades simples como, falar, respirar, tossir, espirrar e até cantar. 

    A maioria dos estudos aponta que a perda do paladar é a principal manifestação oral da infecção por este vírus. O professor Leonardo ainda explica que essa não é a única manifestação e que estudos têm sido desenvolvidos para elucidar melhor essa associação, pois o vírus pode se replicar diretamente nos tecidos orais, como no caso das glândulas salivares. 

Segundo o Dr. Leonardo, é fundamental entender essa relação, pois a cavidade oral é um sítio inicial da infecção e pode ser responsável pela transmissão do vírus através da saliva para outros órgãos, como pulmão e trato gastrointestinal.
No dorso da língua há a presença das papilas gustativas e receptores da Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA 2). Nesses locais, o vírus se liga a receptores para adentrar na célula hospedeira, e dessa forma os receptores gustativos podem ser infectados, tendo como consequência a hipogeusia (perda do paladar). 

Outras consequências da infecção por este vírus são: hipossalivação (boca seca), lesões ulcerativas, vesicubolhosas, maculares e petéquia e ainda herpes simples recorrente, candidíase e uma alteração na normalidade conhecida por língua geográfica.

O professor finaliza enfatizando a importância de compreender melhor essas lesões e caracterizá-las considerando os mecanismos envolvidos no aparecimento de tais manifestações. Um dos grandes problemas para melhor entender estas alterações clínicas é a subnotificação por parte dos profissionais de saúde por desconhecimento dessa importante associação. 

     Assim como qualquer lesão oral, o diagnóstico sempre deverá ser feito por um profissional capacitado e a associação clínica entre as infecções devem ser realizadas com cautela e respaldo técnico-científico. Estudos estão sendo realizados para definir se essas lesões se devem à infecção por coronavírus ou manifestações secundárias resultantes da condição sistêmica do paciente. 
     
Diante de todo esse panorama abordado, o professor Dr. Leonardo relembra a importância do cirurgião-dentista no cuidado e apoio aos pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para suporte, controle da dor e melhora na qualidade de vida.

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