Dentro do contexto do Outubro Rosa, vale a pena o esclarecimento sobre o diagnóstico do câncer de mama. Ele é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, atingindo cerca de 60 mil brasileiras a cada ano. Trata-se de uma doença multifatorial, que tem relação com o estilo de vida, histórico familiar e o aumento da longevidade.
O diagnóstico começa com o autoconhecimento do corpo, permitindo a percepção de qualquer eventual anormalidade. O exame de toque permite a identificação de tumores maiores que dois centímetros. Ele deve ser feito pela mulher constantemente. Associado a esta rotina, uma consulta ao clínico também é fundamental, assim como os exames complementares de imagens. A mamografia permite a visualização destes crescimentos anormais ainda precocemente. Quanto mais precoce a detecção da doença, maiores as chances de cura que podem alcançar índices de 95%.
A presença de nódulo requer a coleta de uma amostra deste tecido através de uma biópsia. Esta amostra é processada e analisada pelo patologista, profissional responsável por classificar o tumor de acordo com o local onde as células começaram a se modificar, se são invasivos ou não, e sua forma de organização. Hoje já existem mais de 40 tumores descritos pela literatura científica, por isso, muitas vezes, o patologista recorre a exames complementares de imunoistoquímica ou testes moleculares para melhor assertividade no diagnóstico.
Vale ressaltar que todo diagnóstico de câncer passa pela biópsia, daí a importância do trabalho em conjunto dos médicos patologista e clínico, para que a decisão sobre tratamento seja a mais adequado possível, de acordo com a lesão identificada. Entretanto, o processo se inicia com conscientização da necessidade do autoexame. O hábito de um simples toque que pode salvar vidas!!!