O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina 2019 foi revelado no dia 07 de outubro em Estocolmo, na Suécia e laureou dois pesquisadores dos EUA e um pesquisador do Reino Unido. Os estudos projetam novas possibilidades no entendimento da fisiologia celular e no tratamento da anemia, do câncer, e de tantas outras patologias.
Pelo menos em duas outras ocasiões o Prêmio Nobel laureou pesquisas que revelaram a importância do oxigênio em processos enzimáticos que convertem nutrientes da alimentação em energia útil nas mitocôndrias (Otto Warburg em 1931). Outros estudos mostraram como o oxigênio estimulava os receptores carotídeos a controlar a frequência respiratória por comunicação direta com o cérebro (Coirnelle Heymans em 1938). Contudo, a forma como as células se adaptava aos níveis de oxigênio era algo que permanecia desconhecido.
O biólogo Gregg L. Semenza (EUA) e os médicos William G. Kaelin Jr. (EUA) e Sir Peter J. Ratcliffe (Reino Unido), premiados de 2019, revelaram, em estudos independentes, os mecanismos de um dos processos adaptativos mais importantes para o funcionamento de células animais. Eles estabeleceram as bases para o conhecimento de como os níveis de oxigênio afetam metabolismo e a fisiologia celular. Suas descobertas, portanto, abrem novas perspectivas para o tratamento do câncer e de tantas outras doenças.