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Síndrome do Intestino Irritável: uma inimiga comum na sociedade


Presente em mais de 10% da população mundial, a Síndrome do Intestino Irritável (SII) é considerada comum na sociedade e afeta milhares de pessoas. No “Conectados com o Professor” desta semana, o professor e orientador das atividades do Ciclo Clínico da Faculdade Atenas-Passos, o médico gastroenterologista Dr. Lauro Damasceno de Carvalho Faria, conta sobre essa síndrome, como funciona seu tratamento e quais são as causas e sintomas.

Para dar início, o professor explica o que é esse problema de saúde que acomete tantas pessoas e as suas consequências. “A Síndrome do Intestino Irritável é uma doença funcional, crônica, e algumas vezes incapacitante, que tem prevalência mundial estimada de 11%. Consiste, basicamente, em dor abdominal relacionada com a evacuação ou com a mudança no hábito intestinal. É causa de importante morbidade e gera custos muito elevados aos sistemas de saúde. Portanto, o adequado diagnóstico e a instituição do tratamento de forma precoce evitam medidas invasivas desnecessárias, reduzem gastos e melhoram a qualidade de vida do paciente”, afirma Dr. Lauro.

O docente destaca que existem quatro subtipos da Síndrome do Intestino Irritável, que podem ser diagnosticadas de acordo com o relato do paciente sobre a proporção e as características das fezes. Os tipos da SII são:

1 - A Síndrome do Intestino Irritável com predominância de constipação; 
2 - A Síndrome do Intestino Irritável com predominância de diarreia; 
3 - A Síndrome do Intestino Irritável com hábito intestinal misto; 
4 - A Síndrome do Intestino Irritável não classificada.

Segundo o professor, a SII é uma doença multifatorial, portanto, “é impossível eleger uma causa isolada, com uma fisiopatologia complexa, que envolve desde predisposição genética, fatores ambientais, até condições psicossociais ”.

Os principais sintomas da doença são dor abdominal e/ou desconforto associado ao ato evacuatório, além de mudança do hábito intestinal de forma crônica e sem apresentar comprometimento do estado geral. O professor ainda ressalta que alguns pacientes se queixam de distensão abdominal e maior produção de gases.

Quanto o diagnóstico, o Dr. Lauro explana que “os critérios diagnósticos são dores abdominais recorrentes, pelo menos uma vez por semana nos últimos três meses, sendo a primeira manifestação pelo menos seis meses antes, associado a dois ou mais dos seguintes sintomas: a. Relacionado a evacuação; b. Associado com alteração na frequência das evacuações; c. Associado com a mudança na forma das fezes”.

O médico docente ressalta que algumas outras patologias podem provocar sintomas semelhantes aos da SII, por exemplo: Doença Celíaca, Doenças Inflamatórias Intestinais, Parasitoses Intestinais, Intolerância a Lactose, Supercrescimento Bacteriano do Intestino Delgado, entre outras. 

“O paciente deve ser avaliado de forma criteriosa pelo médico, e na presença dos sinais de alarme devem ser solicitados exames complementares, a fim de se excluírem essas outras doenças. Por sua vez, a colonoscopia sempre deve ser solicitada em paciente com 50 anos ou mais, ainda que os sinais de alarme não estejam presentes, respeitando as recomendações de rastreio de câncer colorretal”, afirmou. 

Já sobre o tratamento, o docente explica que o processo se inicia com uma boa relação médico-paciente e com a orientação sobre as características da síndrome e a condição benigna das doenças funcionais do intestino. “Outras medidas fazem parte do tratamento, como a prática regular de atividade física, o aumento da ingestão de líquidos e de fibras solúveis. Alguns medicamentos podem ser utilizados a depender da avaliação médica, entre eles a loperamida, os antiespasmódicos, os antidepressivos tricíclicos e os secretagogos intestinais”, explica o professor.

Finalizando, Dr. Lauro ressalta a importância de procurar um médico de confiança caso haja o surgimento dos sintomas. 

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