“A vida é arte do encontrar! Embora haja tanto desencontro pela vida...” (Vinícius de Moraes)
A campanha do setembro amarelo vem ao encontro de uma discussão muito importante sobre saúde mental, temática bastante atual. O ato do autoextermínio é a 4ª maior causa de morte no Brasil (BBC Brasil). Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida dirigindo seu carro amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espelhando mundo afora. “Yellow Ribbon”: Se precisar, peça ajuda!
Esse movimento foi consolidado em 2014 no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e consolidado em 2015 pela AIP (Associação Internacional de Psiquiatria).
Outro aspecto nesse fenômeno do suicídio, é que o processo de adaptação tanto para o jovem quanto para o adulto envolve tensões múltiplas e complexas, que perpassa a noção de ajustamento exigente que pode potencializar estressores na dimensão pessoal, profissional e acadêmica. Sendo muito recorrente o preconceito e estigma com a pessoa que pode estar em sofrimento mental.
Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso?
De acordo com um levantamento feito pelo CVV 90% dos casos de autoextermínio podem ser prevenidos, com uma abordagem acolhedora e escuta profissional. Além da construção de uma rede de apoio formada por familiares e profissionais especializados.
Quem quer faz mesmo! Isso é um ato de covardia (ou de coragem)! No lugar dele, eu também faria!
A pessoa que tenta o ato pode estar vivenciando um grave sofrimento psíquico, e esse ato pode ser visto como uma última possibilidade de saída. Então escutar e olhar de forma não punitiva e moralista, pode ultrapassar os limites que esses mitos reforçam para que o paciente busque tratamento de um serviço especializado em saúde mental.
Quem quer se matar não avisa!
A cada 10 suicídios, aconteceram 40 a 60 tentativas (CVV).
Dessa forma diante de uma pessoa que está com sofrimento psíquico e com planejamento do ato que a coloque em risco para si mesma é extremamente importante procurar imediatamente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou Serviços de Pronto Atendimento (UPAs). Lembre-se que: Você não precisa passar por isso sozinho, e quando sentir que não vai dar conta, entre em contato com o CVV no 188, há profissionais aptos para te ouvir e orientar, busque um psicólogo e/ou um psiquiatra.