A raiva é causada por um vírus RNA, envelopado, da ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. Seu genoma codifica cinco proteínas, dentre as quais duas funcionam como antígenos principais. O vírus é destruído por pH baixo e também por solventes de lipídios.
A raiva afeta animais de sangue quente de todas as idades, incluindo os morcegos. A doença acomete o homem e quase todas as espécies de mamíferos domésticos e silvestres.
A transmissão da raiva se dá quando um animal raivoso (portador ou doente) inocula o vírus, contido na saliva, mordendo um indivíduo sadio. Outras formas de transmissão incluem a contaminação de feridas recentes com saliva ou material infectado, a contaminação de mucosas (olhos, narinas e boca) e a transmissão via aerossol.
O caráter de zoonose (zoonoses são doenças típicas de animais que podem ser transmitidas aos seres humanos e vice-versa) é o que mais preocupa nessa doença, já que é a zoonose fatal que mais mata em todo mundo. A mortalidade mundial estimada é de 40.000 a 100.000 humanos/ano e de cerca de 50.000 cabeças de bovino.
Classicamente, a raiva apresenta três fases: a prodrômica, que geralmente é a mais curta e inclui mudanças de conduta; a fase excitativa, que inclui sinais exacerbados de hiperexcitabilidade e agressividade; e a fase paralítica, que geralmente segue a anterior e curso com paralisia progressiva!
Para saber sobre o diagnóstico, controle e profilaxia, consulte um Médico Veterinário!
Fonte: CORREA, F. R. et al. Doenças de ruminantes e equinos. 2. ed. Vol. 1. São Paulo: Varela, 2001